Constituição Apstólica «Laudis canticum»
«O Cântico de louvor, que ressoa eternamente nas moradas celestiais, e que Jesus Cristo, sumo sacerdote, introduziu nesta terra de exílio, foi sempre continuado pela Igreja, ao longo de tantos séculos, constante e fielmente, na maravilhosa variedade das suas formas».
Dados históricos
- Liturgia das Horas desenvolveu-se, pouco a pouco, até se converter na oração da Igreja local
- sob a presidência do sacerdote, em tempos e lugares determinados, fazia dela como que um complemento necessário, para que todo o culto divino, centrado e contido no Sacrifício Eucarístico influenciasse e enriquecesse todas as horas da vida dos homens
- ao longo dos séculos o livro do Ofício Divino, converteu-se em instrumento apropriado para a oração sagrada
- o Concílio de Trento, por falta de tempo, não fez a reforma do Breviário
- o Breviario Romano de Pio V de 1568, preocupou-se com a uniformidade das horas canónicas
- foram introduzidas inovações pelos Pontífices Sisto V, Clemente VIII, Urbano VIII, Clemente XI e outros
- Pio X, em 1911, publicou o novo Breviário e estabeleceu o uso antigo de recitar, em uma semana, os cento e cinquenta salmos
- Pio X, fez uma nova disposição do saltério, suprimiu as repetições desnecessárias e adaptou o saltério ferial e o ciclo da liturgia bíblica com o Ofício dos santos
- Pio X, valorizou e deu importância ao Ofício dominical em relação às festas dos santos
- Pio XII, também reassumiu trabalho da reforma do Breviário
- Pio XII, concedeu uma nova versão do Saltério
- Pio XII, em 1947, mandou uma Comissão especial deestudar o problema do Breviário
- Pio XII, no Decreto de 23 de Março de 1955, fez a simplificação das rubricas
- João XXIII, em 1960, continuou a obra do seu predecessor e publicou o Código de Rubricas
João XXIII e Concílio Vaticano II, reforma litúrgica
- tratou da reforma litúrgica em geral e da oração das Horas em particular
- O Sinodo dos Bispos de 1967 aprovou os princípios e a estrutura da Liturgia da Horas
- sete anos de trabalho e preparação do livro da Liturgia das Horas
- com o contributo dos doutos e peritos em matéria litúrgica, teológica, espiritual e pastoral
Ordenação da Liturgia das Horas
- foram ditas em conta as condições em que se encontram os sacerdotes comprometidos no apostolado; o ofício divino como oração do povo de Deus, foi disposto e preparado para todos: clérigos, religiosos e leigos; o Ofício responde às exigências espefícicas de pessoas, de ordens e condições diversas.
- a Liturgia das Horas é a santificação de todo o dia. Por isso, a ordem da oração foi renovada, as horas canónicas foram adaptadas as diversas horas do dia; foi suprimida a Hora Prima; às Laudes e às Vésperas têm maior importância e são apresentadas como verdadeira oração da manhã e da tarde; Ofício de leituras foi conservado mas com a possibilidade de adaptá-lo a qualquer hora do dia; a Hora Intermédia foi disposta para escolher uma só, entre as Horas Tércia, Sexta e Noa
- a Liturgia das Horas é vista como verdadeira “fonte de piedade e alimento para a pessoal”; foram introduzidos diversos elementos para facilitar a meditação dos salmos, como os títulos, as antífonas, as orações sálmicas e os momentos de silêncio
- foi suprimido o ciclo semanal do saltério e distribuído em quatro semanas; foram omitidos salmos e alguns versículos de significado mais duro e difícil; às Laudes foram acrescentados outros cânticos do A. T. e nas Vésperas foram acrescentados cânticos do N. T.
- o tesouro da palavra de Deus é mais abundante com uma certa unidade temática em todo o ano acentuando-se os momentos culminantes da história da salvação
- as obras dos santos Padres e dos Escritores eclesiásticos, apresentam os melhores escritos de autores cristãs
- na Liturgia das Horas foi eliminado o que não corresponde a verdade histórica; as leituras hagiográficas foram revistas
- às Laudes ajuntaram-se as preces, para consagrar o dia e invocar a Deus para o começo da jornada laboral; nas Vésperas fazem-se orações de súplica; no fim das preces foi restabelecida a oração dominical, assim por dia permite que seja recitada três vezes: Missa, Laudes e Vésperas
Restauração da Oração da Igreja
- renovada e restruturada segundo a sua tradição antiquíssima
- reaviva o sentido da oração “sem interrupção” que Cristo ordenou à sua Igreja
- oração de toda a família humana, a que se associa a Cristo
- oração da Igreja é “oração que Cristo, unido ao seu Corpo, eleva ao Pai”
- a oração dos salmos, que acompanha e proclama a acção de Deus na história da salvação, deve ser compreendida com renovado afecto de todo o povo de Deus
Obrigação da Liturgia das Horas
- as orações das Horas são propostas a todos os fiéis
- aqueles que receberam da Igreja o mandato de celebrar a Liturgia das Horas, têm de cumprir todos os dias, no tempo verdadeiro de cada uma das horas, dando importância às Laudes e Vésperas
- aqueles que receberam a ordem sagrada esão sinal de Cristo sacerdote
- aqueles que, pela profissão religiosa, foram consagrados ao serviço de Deus e da Igreja de forma especial
Mandato Apostólico
- estabelecemos, aprovamos e promulgamos, ressoe cada vez mais esplêndido e formoso o louvor divino dos nossos tempos
- determinamos que este novo livro da Liturgia das Horas possa ser usado após a sua publicação
8. 1. Antecedentes bíblicos
8. 2. A Oração ritual judaica no tempo de Jesus
8. 3. A experiência e o ensinamento de Jesus
8. 4. A Oração da comunidade
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