segunda-feira, 16 de julho de 2012

Liturgia das Horas: 'Laus perene'

LITURGIA DAS HORAS- "Laus perene"

Constituição Apstólica «Laudis canticum»
«O Cântico de louvor, que ressoa eternamente nas moradas celestiais, e que Jesus Cristo, sumo sacerdote, introduziu nesta terra de exílio, foi sempre continuado pela Igreja, ao longo de tantos séculos, constante e fielmente, na maravilhosa variedade das suas formas».

Dados históricos
  • Liturgia das Horas desenvolveu-se, pouco a pouco, até se converter na oração da Igreja local
  • sob a presidência do sacerdote, em tempos e lugares determinados, fazia dela como que um complemento necessário, para que todo o culto divino, centrado e contido no Sacrifício Eucarístico influenciasse e enriquecesse todas as horas da vida dos homens
  • ao longo dos séculos o livro do Ofício Divino, converteu-se em instrumento apropriado para a oração sagrada
  • o Concílio de Trento, por falta de tempo, não fez a reforma do Breviário
  • o Breviario Romano de Pio V de 1568, preocupou-se com a uniformidade das horas canónicas
  • foram introduzidas inovações pelos Pontífices Sisto V, Clemente VIII, Urbano VIII, Clemente XI e outros
  • Pio X, em 1911, publicou o novo Breviário e estabeleceu o uso antigo de recitar, em uma semana, os cento e cinquenta salmos
  • Pio X, fez uma nova disposição do saltério, suprimiu as repetições desnecessárias e adaptou o saltério ferial e o ciclo da liturgia bíblica com o Ofício dos santos
  • Pio X, valorizou e deu importância ao Ofício dominical em relação às festas dos santos
  • Pio XII, também reassumiu trabalho da reforma do Breviário
  • Pio XII, concedeu uma nova versão do Saltério
  • Pio XII, em 1947, mandou uma Comissão especial deestudar o problema do Breviário
  • Pio XII, no Decreto de 23 de Março de 1955, fez a simplificação das rubricas
  • João XXIII, em 1960, continuou a obra do seu predecessor e publicou o Código de Rubricas
João XXIII e Concílio Vaticano II, reforma litúrgica
  • tratou da reforma litúrgica em geral e da oração das Horas em particular
  • O Sinodo dos Bispos de 1967 aprovou os princípios e a estrutura da Liturgia da Horas
  • sete anos de trabalho e preparação do livro da Liturgia das Horas
  • com o contributo dos doutos e peritos em matéria litúrgica, teológica, espiritual e pastoral
Ordenação da Liturgia das Horas
  1. foram ditas em conta as condições em que se encontram os sacerdotes comprometidos no apostolado; o ofício divino como oração do povo de Deus, foi disposto e preparado para todos: clérigos, religiosos e leigos; o Ofício responde às exigências espefícicas de pessoas, de ordens e condições diversas.
  2. a Liturgia das Horas é a santificação de todo o dia. Por isso, a ordem da oração foi renovada, as horas canónicas foram adaptadas as diversas horas do dia; foi suprimida a Hora Prima; às Laudes e às Vésperas têm maior importância e são apresentadas como verdadeira oração da manhã e da tarde; Ofício de leituras foi conservado mas com a possibilidade de adaptá-lo a qualquer hora do dia; a Hora Intermédia foi disposta para escolher uma só, entre as Horas Tércia, Sexta e Noa
  3. a Liturgia das Horas é vista como verdadeira “fonte de piedade e alimento para a pessoal”; foram introduzidos diversos elementos para facilitar a meditação dos salmos, como os títulos, as antífonas, as orações sálmicas e os momentos de silêncio
  4. foi suprimido o ciclo semanal do saltério e distribuído em quatro semanas; foram omitidos salmos e alguns versículos de significado mais duro e difícil; às Laudes foram acrescentados outros cânticos do A. T. e nas Vésperas foram acrescentados cânticos do N. T.
  5. o tesouro da palavra de Deus é mais abundante com uma certa unidade temática em todo o ano acentuando-se os momentos culminantes da história da salvação
  6. as obras dos santos Padres e dos Escritores eclesiásticos, apresentam os melhores escritos de autores cristãs
  7. na Liturgia das Horas foi eliminado o que não corresponde a verdade histórica; as leituras hagiográficas foram revistas
  8. às Laudes ajuntaram-se as preces, para consagrar o dia e invocar a Deus para o começo da jornada laboral; nas Vésperas fazem-se orações de súplica; no fim das preces foi restabelecida a oração dominical, assim por dia permite que seja recitada três vezes: Missa, Laudes e Vésperas
Restauração da Oração da Igreja
  • renovada e restruturada segundo a sua tradição antiquíssima
  • reaviva o sentido da oração “sem interrupção” que Cristo ordenou à sua Igreja
  • oração de toda a família humana, a que se associa a Cristo
  • oração da Igreja é “oração que Cristo, unido ao seu Corpo, eleva ao Pai”
  • a oração dos salmos, que acompanha e proclama a acção de Deus na história da salvação, deve ser compreendida com renovado afecto de todo o povo de Deus
Obrigação da Liturgia das Horas
  • as orações das Horas são propostas a todos os fiéis
  • aqueles que receberam da Igreja o mandato de celebrar a Liturgia das Horas, têm de cumprir todos os dias, no tempo verdadeiro de cada uma das horas, dando importância às Laudes e Vésperas
  • aqueles que receberam a ordem sagrada esão sinal de Cristo sacerdote
  • aqueles que, pela profissão religiosa, foram consagrados ao serviço de Deus e da Igreja de forma especial
Mandato Apostólico
  • estabelecemos, aprovamos e promulgamos, ressoe cada vez mais esplêndido e formoso o louvor divino dos nossos tempos
  • determinamos que este novo livro da Liturgia das Horas possa ser usado após a sua publicação
 
8. 1. Antecedentes bíblicos
8. 2. A Oração ritual judaica no tempo de Jesus
8. 3. A experiência e o ensinamento de Jesus
8. 4. A Oração da comunidade

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