sábado, 2 de junho de 2012

“MISSALE ROMANUM” REFORMADO POR DECRETO DO CONCÍLIO VATICANO II

MISSALE ROMANUM” REFORMADO POR DECRETO DO CONCÍLIO VATICANO II
Em 1570, à luz dos decretos do Concílio de Trento, o Papa Pio V promulgou o Missal Romano. Este Missal durante quatro séculos foi a norma da celebração do sacrifício eucarístico e foi levado em todas as partes do mundo.

Este missal alimentou a fé em Deus a muitos fiéis com leituras bíblicas e orações. Ao afirmar-se o Movimento litúrgico começou também a sentir-se a necessidade de rever e enriquecer os formulários do Missal Romano.

O Concílio Vaticano II, na sua Constituição Sacrosanctum Concilium, declarou a necessidade de uma reforma geral do Missal Romano. A Constituição sobre liturgia determina que os textos e os ritos sejam ordenados de modo a exprimirem com mais clareza as realidades santas que significam (SC 21).


Também fala da revisão do ordinário da missa, no sentido de realçar a característica de cada uma das suas partes e a sua mútua conexão: clareza e simplificação dos ritos (SC 50); leituras da sagrada escritura e homília (SC 51-53); rito da concelebração (SC 57).

As mudanças operadas e a nova estrutura do Missal
· proémio e introdução geral: normas para a celebração do sacrifício – a execução dos ritos, as funções dos ministros e dos participantes, as alfaias e lugares sagrados.
· Oração Eucarística: enriquecida com novos prefácios, uns tirados da antiga tradição romana, outros compostos de novo; de um só cânone ou uma só oração eucarística, foram acrescentadas mais três cânones, Assim, passando a existir a Oração Eucarística I, II, III, IV e no Brasil temos a Oração Eucarística V.

O texto anafórico do Cânon Romano, permanece no Missal com a nomenclatura de Oração Eucarística I; na composição da II Prece Eucarística buscou-se inspiração na Anáfora hipolitana da Traditio Apostolica; já a III Oração Eucarística é de inspiração galicana e moçarábica; a IV Oração Eucarística é de inspiração siríaca e por fim, no Brasil há a V Oração Eucarística confeccionada para o Congresso Eucarístico de Manaus com aprovação da Santa Sé Apostólica.

·     Mas mantiveram-se intactas as palavras da narração: sobre o pão: Accipite et manducate ex hoc omnes: Hoc est enim Corpus meum quod pro vobis tradetur; e sobre o cálice: Accipite et bibite ex eo omnes. Hic est enim calix Sanguinis mei novi et aeterni testamenti, qui pro vobis et pro multis effundetur in remissionem peccatorum. Hoc facite in meam commerationem.

· Ordinário da Missa: os ritos foram simplificados, conservando a substância – foram suprimidas as duplificações que se tinham introduzido e outros elementos de menor utilidade.
· Restauração de elementos que estavam perdidos: a homilia, a oração universal ou dos fiéis; o ato penitencial ou da reconciliação com Deus.
· Sagrada Escritura: as leituras dominicais foram distribuídas por um período de três anos, dias festivos mais solenes, com da Epístola e do Evangelho, ou AT ou Actos dos Apóstolos.
· Lecionário: A reforma promoveu o resgate dos textos do Antigo Testamento que estava sem ser utilizado na liturgia. Selecionou os textos dividindo-os em ano A, B e C, permitindo aos católicos um contato muito vasto dos principais textos da Sagrada Escritura.
· Outras partes do Missal: o Próprio do Tempo, Próprio e o Comum dos Santos, as missas rituais e as missas votivas.
· As ferias dos principais tempos litúrgicos: Advento, Quaresma e Páscoa.
Objectivamente o Missal Romano é um instrumento da celebração litúrgica e monumento do genuíno culto religioso na Igreja; instrumento valioso para testemunhar e confirmar a todos a mútua unidade.

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